Uso de vitamina D no tratamento de esclerose múltipla inspira documentário
Jornalista portador da doença dirigiu vídeo retratando a experiência de pacientes beneficiados
Doença compromete o sistema nervoso
Foto:
Shutterstock / Yakobchuk Vasyl
Desenvolvido no Brasil em 2003, pelo neurologista Cícero Galli Coimbra, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o tratamento consiste na reposição de vitamina D. Segundo o médico, cerca de 70% das pessoas que sofrem de esclerose múltipla apresentam níveis muito baixos desse nutriente, o que se correlaciona com uma frequência maior de manifestações (surtos) e com sequelas neurológicas mais acentuadas após cada ocorrência.
Desde então, a experiência clínica de Coimbra com mais de 700 pacientes de esclerose múltipla no país tem apresentado quadros de estabilidade da doença, regressão de sequelas — como o retorno às atividades físicas — e até mesmo melhoras em lesões no cérebro e na medula, reveladas por ressonâncias magnéticas. O mesmo protocolo é eficaz no tratamento de outras doenças autoimunitárias, como artrite reumatoide, lúpus, psoríase, vitiligo, diabetes do tipo 1 e hipotireoidismo.
No caso da esclerose múltipla, a terapia com vitamina D dispensa o uso dos medicamentos convencionais. Entre os principais, estão os chamados interferons e o acetato de glatiramer. As injeções podem custar entre R$ 2 e 10 mil mensais, mas os remédios também são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, eles diminuem as manifestações da doença em apenas 30%. Além disso, apresentam recorrentes efeitos colaterais.
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica autoimune, causada por motivos genéticos ou ambientais, que compromete a função do sistema nervoso. Em geral, a doença acomete pessoas jovens, entre 20 e 30 anos, e provoca dificuldades motoras e sensitivas.
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