Hospitais não são bons lugares para os pacientes. É preciso estar muito saudável para
sobreviver a um deles. Segundo Coleman, se os médicos não matarem o doente com
remédios e cirurgias desnecessárias, uma infecção o fará. Sempre que os médicos
entram em greve as taxas de mortalidade caem. Em diversas partes do mundo, cada
vez mais gente procura práticas alternativas em vez de médicos ortodoxos. De certa
maneira, isso quer dizer que a medicina alternativa está se tornando a nova ortodoxia. O
problema é que, por causa da recusa das autoridades em cooperar com essas técnicas,
muitas vezes é possível trabalhar como terapeuta complementar sem ter o treinamento
adequado. Medicina alternativa não é necessariamente melhor ou pior que a medicina
ortodoxa. O melhor remédio é aquele que funciona para o paciente. Testes são
freqüentemente incorretos, mas os médicos aprenderam a acreditar nas máquinas.
Quando eu era um jovem doutor, na década de 70, os médicos mais velhos apostavam
na própria intuição. Conheci alguns que não sabiam nada sobre exames laboratoriais ou
aparelhos de raio X e mesmo assim faziam diagnósticos perfeitos. Hoje, os médicos se
baseiam em máquinas e testes sofisticados e cometem muito mais erros que
antigamente. Vernon acha que faz muito mais sentido testar novas drogas em pedaços
de tecidos humanos que num rato. Os resultados são mais confiáveis. Mas a indústria
não gosta desses testes porque muitos medicamentos potencialmente perigosos para o
homem seriam jogados fora e nunca poderiam ser comercializados. Qual o sentido de
testar em animais? Só as empresas farmacêuticas ganham com um sistema como esse.
Eu raramente tomo remédios. Para me manter saudável, evito comer carne, não fumo,
tento não ficar acima do peso e faço exercícios físicos leves. Para proteger minha
pressão, desligo a televisão quando médicos aparecem na tela apresentando uma nova
e maravilhosa droga contra depressão, câncer ou artrite que tem cura garantida, é
absolutamente segura e não tem efeitos colaterais
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