Quando indaguei do médico, fiquei sabendo (espantado) que ele desconhecia esses
efeitos colaterais. Coleman desde os anos 70, vem defendendo a introdução de um
sistema internacional de monitoramento de medicamentos, para que os médicos sejam
informados quando seus companheiros de outros países detectarem problemas.
Espantosamente, esse sistema não existe. Quando um País descobre que determinado
medicamento produz efeitos colaterais, o retira do mercado e, como é de se esperar
comunica os motivos às indústrias farmacêuticas que os produzem. Se você pensa que
essas indústria retiram esses produtos do mercado, está redondamente enganado, o
que elas fazem é encaminhar toda a produção desses medicamentos para outros países
onde os efeitos colaterais ainda não tenham sido detectados. Um remédio que foi
proibido nos Estados Unidos e na França demorou mais de cinco anos para sair de
circulação no Reino Unido. Somente quando os pacientes souberem do lado ruim dos
remédios é que poderão tomar decisões racionais sobre utilizá-los ou não em seus
tratamentos. O problema é que os pacientes não pensam, preferem confiar em médicos
que, MUITAS VEZES sabem menos que eles. Você acha que os médicos são bem
informados a respeito dos remédios que receitam a seus pacientes? Pois não são. A
maior parte das informações que eles recebem vem da companhia que vende o produto,
que obviamente está interessada em promover virtudes e esconder defeitos. Como
resultado dessa ignorância, quatro de cada dez pacientes que recebem uma receita
sofrem efeitos colaterais sensíveis, severos ou até letais. Coleman crê que uma das
principais razões para a epidemia internacional de doenças induzidas por remédios é a
ganância das grandes empresas farmacêuticas. Elas fazem fortunas fabricando e
vendendo remédios, com margens de lucro que deixam a indústria bélica internacional
parecendo caridade de igreja. Segundo Coleman (que também é médico), é
perfeitamente possível vencer problemas de saúde sem utilizar remédios. Cerca de
90% das doenças melhoram sem tratamento, apenas por meio do processo natural de
autocura do corpo. Problemas do coração podem ser tratados (não apenas prevenidos)
com uma combinação de dieta, exercícios e controle do estresse. São técnicas que
podem ter o acompanhamento de um médico, mas que não precisam de remédios.
Parte da culpa reside nos próprios pacientes que, talvez por preguiça, querem remédios
quando vão ao médico. É verdade que muitos pacientes esperam receber
medicamentos. Isso acontece porque eles têm falsas idéias sobre a eficiência e a
segurança das drogas. É muito mais fácil terminar uma consulta entregando uma
receita, mas isso não quer dizer que é a coisa certa a ser feita. Os médicos deveriam
educar os pacientes e prescrever medicamentos apenas quando eles são essenciais,
úteis e capazes de fazer mais bem do que mal. Sonolência, enjôos, dores de cabeça,
problemas de pele, indigestão, confusão, alucinações, tremores, desmaios, depressão,
chiados no ouvido e disfunções sexuais como frigidez e impotência são alguns dos
efeitos colaterais dos remédios. Em artigos publicados por Coleman, ele cita três greves
de médicos (em Israel, em 1973, e na Colômbia e em Los Angeles, em 1976)
informando que essas greves dos médicos causaram redução na taxa de
mortalidade nesses locais. Como a ausência de médicos pode diminuir o risco à vida?
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