terça-feira, 7 de agosto de 2012

Metais tóxicos
Chumbo, alumínio e mercúrio causam estrago silencioso
 
 
 
 
Os avanços obtidos pelo homem em todas as áreas nos últimos anos, apesar de terem aumentado nosso nível de conforto, trouxeram um problema muitas vezes desconhecido e invisível: o acúmulo de metais tóxicos como chumbo, alumínio e mercúrio em nosso organismo. Presentes nos alimentos e até em remédios, os metais pesados em excesso podem causar danos nas estruturas celulares e atingir o núcleo celular. “Esses danos celulares podem gerar doenças autoimunes, doenças degenerativas crônicas como mal de Parkinson, Alzheimer, senilidade precoce e até alguns tipos de tumores”, diz o nutricionista Luis Meirelles, com habilitação em medicina biomolecular e radicais livres e nutrição clínica e ortomolecular.

Além disso, quando há ingestão constante de metais pesados, ocorre um excesso da produção de radicais livres, fazendo com que o sistema imunológico enfraqueça, deixando o organismo suscetível a viroses e ao ataque de bactérias e fungos oportunistas. “Vários tratamentos podem facilitar a desintoxicação, tudo depende do metal e da quantidade”, diz a endocrinologista Tania Mara Olmedo, especialista em nutrologia e medicina ortomolecular da TMO Fisio Estetic Center.

O médico ortomolecular e nutrólogo Júlio Palazzo de Mello, da Clínica Derm, explica que precisamos nos conscientizar de que o ambiente está contaminado e o excesso de metais pode provocar doenças. “Se houver um excesso desses metais, o primeiro passo é a limpeza”, diz. Entre os cuidados básicos recomendados por Mello estão a utilização no dia a dia de panelas que não sejam feitas de alumínio, cozinhar com água mineral e consumir alimentos orgânicos.

Solução está na prevenção

Mas como podemos nos proteger dos efeitos cumulativos dos metais tóxicos num mundo dominado pelo corre corre da vida moderna? A melhor solução é a prevenção. A nutricionista Gilberti Helena Hubscher, professora da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul (UFSM), diz que o primeiro passo e o mais importante é uma boa nutrição, e isso não significa só “comer de forma saudável”. “Precisamos inundar nosso organismo de alimentos vivos, como frutas e hortaliças, com o mínimo contato com essa contaminação. De preferência, os produzidas de forma orgânica, mais nobre em fitoquímicos, porque aprendem a se defender das agressões ambientais e a conviver com a invasão biológica.”

Se você está exposto a fatores específicos ambientais, como a poluição, por exemplo, a recomendação da especialista é o consumo de alimentos com mais poder antioxidante, como a vitamina C, os carotenoides, fitoquímicos e uma alimentação rica em alimentos com enxofre, como brócolis, repolho, couve, couve-de-bruxelas, couve-flor, rabanete, nabo, leguminosas como o feijão, os cereais integrais. “O ideal seria também tomar alguns cuidados básicos, como cozinhar em utensílios específicos e beber água filtrada purificada”, diz o nutricionista Luis Meirelles.

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