terça-feira, 29 de abril de 2014

Suco de Luz do Sol
Conceição Trucom *
Nunca estivemos tão distantes e desconectados da natureza. Mesmo os praticantes do vegetarianismo, podem estar escondidos por trás de uma grande fachada de ilusão, e ter péssimos hábitos alimentares. Diante de um alimento fresco e vivo, grande parte das pessoas não sabem de onde vêem ou como consumi-lo adequadamente.
Cegueira da ilusão: por que frutos alquímicos da natureza, plenos de energia vital e cósmica, precisam ser refinados, aditivados com sintéticos, super cozidos, congelados, “microondeados”, encaixados, engarrafados? 
Neste caminho desnaturamos o alimento, acidificamos nossa alimentação, nos afastamos da natureza, a do planeta e a nossa. Esquecemos que fazemos parte da natureza, do contato com a terra, com a água, com os alimentos. Adoecemos porque nos afastamos da origem. Os alimentos cozidos desencadeiam no organismo humano dificuldades digestivas, acidificação e estruturas viciantes. Isto é, cada vez mais o organismo deseja doses mais ácidas, e essa acidez gera euforia e depressão exatamente como acontece com as drogas. Um círculo vicioso, que torna “normal” quem vive nele e “anormal” quem sai por não se identificar com ele.
Mas existem maneiras de trazer a nossa vida de volta à vida. Sem radicalismos, ninguém precisa mudar 100% sua alimentação e escolher por viver somente da alimentação crua e viva. Até porque a intoxicação é tanta, tão imensa, que muitos organismos não agüentariam tal choque, tal como uma desintoxicação de drogas pesadas.
Segundo Ana Branco: "Na Alimentação Crua e Viva, tudo o que estamos acostumados a comer impunemente são drogas: açúcar branco ou mascavo, pão integral com tofu, peixe grelhado, caldinho de feijão com arroz, biscoito de água e sal, sorvete de creme, etc." Isso porque os alimentos industrializados e as misturas de amido com proteína são altamente acidificantes, causando dependência. Mas Ana não "prega" a sua maneira de alimentação. Segundo ela, é "só para os que escolhem ser o que sempre foram". No entanto, ela dá receitas para que qualquer pessoa possa incorporar a força dos alimentos vivos no dia-a-dia, mesmo que não tenha intenção de abandonar de vez seus velhos hábitos de alimentação cozida e processada.
As principais ferramentas da Alimentação Crua e Viva são:
1) As sementes germinadas - alimento biogênico (que gera e acorda a vida).
2) O Suco de Luz do Sol - o puro leite da natureza, um coquetel de clorofila (nutrição e desintoxicação). Este suco, pode ser consumido por crianças de todas as idades, desde os 6 meses (quando sai do peito materno) até 70, 80 ou mais anos.
O único cuidado é que para crianças (e iniciantes) precisamos colocar mais maçã, ervas mais doces e não exagerar na couve. A semente de girassol a ser germinada deve ser idealmente a sem casca e a proposção 1 a 2 colheres (sopa)/mamadeira de 150 ml.
Trata-se de um novo caminho. Para quem decidiu, chegou a hora de praticar uma alimentação que alcaliniza, mineraliza e vitaliza: “acorda”. As células, os líquidos corporais, os tecidos, os órgãos e vísceras, os sistemas, o organismo, A Vida.
Quando a semente germina, torna o solo e tudo o mais alcalino, e alcalinização é sinônimo de vitalização, força, vida em gestação, em expansão. Quando deixamos a semente de molho em água à noite, sua latência termina e se dá início a liberação de comandos: é hora de germinar, de expandir, de virar planta, de perpetuar. Durante este “despertar” da semente ocorre uma ampliação do valor nutritivo e vibracional em até 20 mil vezes. Difícil explicar, pois é a alquimia da natureza acontecendo. O invisível da energia telúrica (da terra), da energia cósmica e solar, ofertadas em prol da propagação da vida.
Mais fácil é vivenciar.
Sementes e grãos germinados são a base da alimentação viva. Puras, misturadas, trituradas nos sucos ou preparos culinários os mais criativos. Suco de Luz do Sol, é um suco verde, rico em clorofila (folhas e brotos), frutas, raízes e sementes germinadas. A energia solar, estocada em todos os ingredientes, principalmente nas folhas verdes (mínimo 50% da composição dos sucos), será “bebida” em copos. Quantas vezes por dia for necessário (cada toma um novo suco, pois devem ser tomados imediatamente após preparo). Quanto mais doente e intoxicado, menor a dose, porém maior a frequência de tomas/dia.
Fáceis de digerir, até porque seus ingredientes estão plenos de enzimas digestivas, estes sucos são assimilados pelo organismo em 30 minutos máximo (quando em jejum), acelerando processos de desintoxicação, alcalinização, vitalização e cura. 
Tomando o Suco de Luz do Sol todos os dias, a pessoa vai aos poucos recuperando sua vitalidade, criatividade, equilíbrio e lucidez. Não precisa ter pressa, basta ter ritmo.

A Receita Básica para 1 pessoa
Ingredientes:
  • 1 maçã média picada com casca e sem semente (a maçã irá dar o tom de doçura do suco). Iniciantes precisam colocar mais maçã (tipo 1 grande ou 2 pequenas) para irem se adaptando aos novos sabores, principalmente das folhas.
  • Opcional: 1/2 pepino médio (cuidado pepinos não orgânicos contém elevado teor de contaminação por agrotóxicos). Sua principal função é ser o socador para forçar os ingredientes a entrarem no fluxo do liquidificador.
  • 3 folhas de couve (manteiga, do brócolis ou da couve-flor) ou outra hortaliça verde escura (escarola, folha da beterraba, rama da cenoura).
  • 3 ramos de hortelã, capim limão ou erva cidreira.
  • 1 mão de girassol germinado (sem casca) ou 2 mãos (se for com casca).
  • 1 cenoura média.
  • Suco fresco de 1 limão médio (responsável pela rápida alcalinização e assimilação dos minerais).
  • Opcional: 1/2 xícara (chá) de legume picado como abóbora ou chuchu.
Preparo:
Coloque a maçã picada no liquidificar, acrescente o suco fresco do limão e use o pepino como socador até que o primeiro líquido se forme. Se não quiser usar o pepino, costumo dobrar uma folha de couve e usá-la com a mesma função. Coe num coador de pano -panela furada(*)- e volte para o liquidificador. Acrescente as sementes germinadas, as folhas verdes, o legume e a raiz. Coe e beba imediatamente.
(*) Este suco, quando tomado em jejum (seu horário ideal de toma) SEMPRE deverá ser coado na Panela Furada 1 (PF1), feita em voil (organza). Nos demais horários usar a Panela Furada 2 (PF2). No caso de preparo para crianças SEMPRE deverá ser coado na PF1, independente do horário quando será oferecido.
Comentários:
1) Os ingredientes precisam ser necessariamente crus, maduros e frescos. Idealmente orgânicos. JAMAIS hidropônicos pois esse tipo de cultura é 100% artificial, gerando produtos inchados e com absurdo/perigoso desbalanceamento mineral.
2) Sobre as questões de proporções e combinações, confira nos links abaixo o que recomendo como leitura e aprofundamento.
3) Sobre escolhas dos ingredientes é importante seguir a receita básica enquanto Suco de Luz do Sol. Entretanto, uma vez minimamente desintoxicada e informada sobre as combinações básicas, a pessoa já precisa escutar a sua fome orgânica que é sana (diferente da fome afetiva que ,em geral, não é sana). A fome orgânica tem o valor de falar mais alto e ser mais verdadeira do que as regras de alguém de fora do seu corpo, das suas células.  Ou seja, quando sinto vontade (sintonia com) de colocar manga ou abacaxi no meu suco, respeito o meu Ser somente.
4) Sobre o limão, como estudiosa, química e cientista, claramente que não concordo com a limitação proposta pela Ana Branco do Bioship. Aliás, uma das principais funções do limão é exatamente a da mineralização, aumentando a biodisponibilidade dos micronutrientes presentes nos demais ingredientes dos sucos desintoxicantes, verdes e de Luz do Sol. Uma prova fácil é fazer ao mesmo tempo um suco verde ou de Luz do Sol usando o limão e outro mesmo suco sem o uso do limão.
Será assim observado que o suco preparado sem o limão irá ficar em tom verde-marrom, revelando rápida oxidação e o segundo suco (com o limão), permanecerá de um verde vivo (como o da imagem acima) até a hora da toma.
Estudo em mesa radiônica revela:
Qualidade nutricional e vibracional do Suco de luz do Sol sem uso do limão: 90%
Qualidade nutricional e vibracional do Suco de luz do Sol com uso do limão: 100% = PLENA
Limão + Bicarbonato = PERIGO em lixo eletrônico

Está novamente circulando pela internet uma mensagem sensacionalista, estimulando o uso diário e frequente de bicarbonatos para debelar o câncer e prevenir doenças.
A mensagem induz**, partindo de informação verdadeira, de que nosso metabolismo não pode ser ácido (verdade); que a cura do câncer e a prevenção de doenças é via alcalinizar-se com o consumo diário de limão + bicarbonato (enganos). 
Primeiramente, tentaram com a recomendação do consumo de bicarbonato puro: em tudo, até no shampoo. Não deu muito ibope. Talvez pela minha pronta denúncia. Agora estão misturando com o limão, para facilitar o engodo... Um alimento funcional e verdadeiramente terapêutico + pó branco = PERIGO.
Sem dúvida alguma, trata-se de lixo eletrônico, altamente perigoso, porque essa mistura vai gerar enorme quantidade de gases, gerar sais, desativar os poderes terapêuticos do limão e causar complicações à saúde, como as listadas abaixo.
O limão só é terapêutico quando integrado com alimentos do reino vegetal, íntegros
(não refinados), crus, frescos, maduros (da estação) e idealmente orgânicos.
Da mesma forma que o antitérmico não cura a infecção, um antiácido não irá curar um metabolismo cronicamente ácido. O bom senso é que para sanar um problema agudo ou crônico há que se tratar a CAUSA.
A causa está basicamente numa alimentação inadequada, maus hábitos de vida ou consumo de drogas e medicamentos. Portanto, a cura não está JAMAIS no consumo e automedicação com antiácidos como os bicarbonatos, sendo o de sódio o mais barato e fácil de comprar, portanto o mais perigoso. Mas, além de todas as cabíveis providências de preservação da vida, resgatar bons hábitos de alimentação e qualidade de vida, na velocidade e na medida do possível.
ALERTA GERAL
O lixo eletrônico que está circulando na internet mistura propriedades reais existentes nos cítricos***, com falácias sem nenhum fundamento (expressões do tipo: 10 mil vezes mais ativo que a quimioterapia???), informações erradas e omissões, e finaliza com um crédito: Institute of Health Sciences ou The Health Sciences Institute (HSI), que não publicou o texto, não foi a fonte das alegações e não costuma fornecer informações para o público em geral.
Conclusão
Tem gente muito irresponsável querendo supervalorizar o bicarbonato, para aumentar suas margens de vendas, seus lucros, em cima da ignorância do povo. E o pior é que gente de gabarito tem me encaminhado essa mensagem, tipo para me agradar, mas isso só me deixa mais apavorada... O brasileiro tem o péssimo hábito de ler e dar credibilidade ao lixo eletrônico e, pior ainda, o dissemina sem nem ao menos questioná-lo.



 
São vários os bicarbonatos, que são sais instáveis, que atuam principalmente como neutralizantes de meios ácidos. São várias as suas funções, mas o propósito desta matéria é chamar atenção sobre as complicações do consumo abusivo e indiscriminado de bicarbonatos e antiácidos.
As reações de neutralização formam sais e gases (CO2) que irão aumentar a pressão metabólica, causar problemas renais e até desativar locais ou momentos metabólicos em que a acidez temporária é importante:
  • - NaHCO3 + HCl (acidez) --> NaCl + H2O + CO2 (gás que confere a efervescência)
  • - 3 NaHCO3 + ácido cítrico --> Citrato de Sódio + H2O + 3 CO2 (muito gás)
  • - KHCO3 + HCl --> KCl + H2O + CO2
  • - Ca(HCO3)2 + 2 HCl --> CaCl2 + 2 H2O + 2 CO2
  • - Mg(HCO3)2 + 2 HCl --> MgCl2 + 2 H2O + 2 CO2

As complicações da automedicação e do consumo de bicarbonatos:
- Mascarando problemas estomacais mais sérios
Sobre essas complicações, temos os portadores de problemas digestivos como principal grupo de estudos, pois junto com os analgésicos, os antiácidos são os remédios que mais são vendidos em farmácias, mercados e lojas de secos e molhados.
Milhares desses antiácidos são consumidos habitualmente e por longo período de tempo. Acontece que, como podem ser comprados sem receita, rendem enormes lucros aos seus fabricantes. Prova disso é a propaganda maciça em todos os meios de comunicação, habitualmente no horário das principais refeições, momento em que os sintomas podem se tornar mais fortes.
Alguns anunciantes mostram grandes festas, pessoas obesas, com roupas coloridas e cantando músicas próprias, sorridentes e felizes ingerindo todo o tipo de comidas gordurosas, embutidos e outras cheias de produtos químicos e conservantes, além de bebidas em excesso. Isso nada mais é do que um convite para que outras pessoas possam entrar nesse círculo vicioso, comendo, bebendo e tomando os antiácidos anunciados.
No auge da verdadeira orgia, surge uma dor ou uma queimação no estômago que é prontamente resolvida com o remédio anunciado, um efeito milagroso e instantâneo. Chega a ser cômico e trágico ao mesmo tempo: “Ferveu, tomou, passou”.
Na medida em que esse uso se torna habitual, surgem alguns problemas que, com o decorrer do tempo, podem se transformar em doenças graves. A presença de queimação, acidez e dores de estômago são sinais de que o organismo está querendo mostrar a sua não satisfação com o que está ocorrendo, pedindo soluções definitivas para a situação. O tratamento sintomático pode afastar o incômodo no momento, mas e a causa, como fica?
Conclusão: o consumo indiscriminado de antiácidos pode mascarar e dificultar o diagnóstico da causa da doença, principalmente o câncer de estômago.
- Degeneração Cerebral
Isso tudo ainda não é o pior, pois o que vem a seguir é de uma gravidade enorme: Há provas científicas das complicações neurológicas que podem surgir quando o uso dessas drogas se torna rotineiro e sem orientação médica.
Alguns antiácidos e remédios contra a gastrite podem acelerar a degeneração cerebral em idosos, afirma uma pesquisa publicada pela revista da Sociedade Americana de Geriatria. O levantamento examinou e analisou cerca de 1500 afro-americanos com mais de 65 anos de idade e colocou sob suspeita alguns remédios contra gastrite e úlcera mais populares do mundo.
Segundo os pesquisadores, os idosos que usavam os medicamentos com frequência, eram 2,5 vezes mais propensos a apresentar diminuição na capacidade de adquirir conhecimentos. Entre os participantes do estudo, 275 pessoas – todas consumidoras regulares de antiácidos – apresentaram problemas cerebrais em níveis patológicos.
À medida que o tempo passa e não se consegue debelar os sintomas, as possibilidades de complicações aumentam e as soluções necessárias podem ser mais radicais. Prevenir é melhor do que remediar. É preciso ficar atento pois a saúde é o único bem que não se compra com dinheiro nenhum. Não se deixe iludir.
- Deficiência de Fósforo
Para se ter uma ideia da sua importância, basta saber que moléculas a base de fósforo revestem todas as nossas células, participando do processo de crescimento de tecidos. "O fósforo participa da formação dos ossos e da dentição. Além disso, atua na contração muscular, ajudando a manter estável o ritmo dos batimentos cardíacos", diz Daniela Jobst. Previne, ainda, a perda de memória.
A sua falta, apesar de rara, pode ocorrer quando há uma ingestão exagerada de antiácidos ricos em alumínio, medicamentos que atrapalham a absorção do fósforo pelo organismo.
- Intoxicação por Alumínio
O alumínio em excesso pode vir a causar problemas de memória quando a intoxicação for a longo prazo. As principais fontes de intoxicação de alumínio: água potável, utensílios de cozinha, desodorantes, queijos processados, antiácidos (contêm bicarbonato de magnésio) e recipientes de alumínio para alimentos (ex. quentinhas).
Atualmente, a condição mais associada à elevação de alumínio é o aumento da permeabilidade intestinal, em que se altera a função do intestino por uso de antibióticos, cortisona, anti-inflamatórios, antiácidos ou então por alergia a algum alimento. Como o alumínio é encontrado abundantemente em alimentos habituais (pão, queijo, verdura etc.), a pesquisa de um problema intestinal deve ser a primeira linha de abordagem de investigação.
- Disbiose Intestinal
É o conjunto de desequilíbrios da microflora intestinal que causa alterações da saúde com contribuição importante no desenvolvimento de processos degenerativos e alterações do sistema imune. O nome pode soar estranho, mas disbiose é uma das causas da diarreia, da prisão de ventre, flatulências, além das síndromes de cólon irritável (SII).
Durante o processo de disbiose, encontramos, com certa frequência, a diminuição da flora bacteriana do bem, em prol da presença de parasitas, desenvolvimento excessivo de bactérias da flora bacteriana do mal e de Candida Albicans.
A Candida Albicans é uma levedura (ou fungo) que, normalmente, também se localiza na flora intestinal mas que, em condições favoráveis, se desenvolve de forma exagerada e se torna, então, responsável por quadros clínicos graves com manifestações sistêmicas múltiplas como: diarreias recorrentes, má absorção com desnutrição crônica em nutrientes essenciais, dores abdominais persistentes sem causa identificável, emagrecimento, perturbações do sono e manifestações de depressão e/ou ansiedade.
Raramente a disbiose por Candida Albicans é corretamente diagnosticada, podendo esse quadro arrastar-se por vários anos sem o tratamento eficaz.
As causas podem ser atribuídas a uma série de fatores, mas citemos as mais importantes, como:
  • • Má alimentação com ingestão elevada de proteína, açúcar, farinhas, frituras e baixo consumo de vegetais e fibras
  • • Estresse
  • • Falta de secreções digestivas
  • • Intoxicação por agrotóxicos e metais pesados
  • • Uso abusivo de álcool e cigarro
  • • Uso indiscriminado de antibióticos, anti-inflamatórios, antiácidos e corticoides
O uso elevado e crescente, indiscriminado e irracional, de medicamentos vem se tornando um dos principais inimigos da microbiota intestinal. Por exemplo, os antiácidos consumidos em excesso enfraquecem a acidez estomacal e, consequentemente, permitem que muitos micro-organismos patogênicos cheguem vivos ao intestino, desequilibrando sua flora do bem. O mesmo pode-se falar dos antibióticos, já que eliminam tanto micro-organismos benéficos como maléficos.
- Osteoporose
A osteoporose é uma doença que causa o enfraquecimento progressivo dos ossos, pela perda de cálcio e massa óssea. Surge com o avançar da idade e pode causar fraturas. Traumatismos leves podem ocorrer com uma pequena queda ou ao apoiar-se na janela, tossir ou carregar objetos mais pesados.
As causas podem ser atribuídas a uma série de fatores, mas citemos as mais importantes, como:
  • - Sedentarismo ou exercícios em excesso ou inadequados
  • - História familiar de osteoporose
  • - Dieta pobre em cálcio (consumo de verduras, frutas, raízes e sementes)
  • - Baixa exposição ao sol
  • - Uso exagerado de álcool, café e fumo
  • - Uso de alguns medicamentos, como uso crônico de antiácidos, corticoides, anticonvulsivantes, lítio, anticoagulantes e diuréticos que produzem perda de cálcio na urina
- Tratamento da Tireoide
O consumo de antiácidos pode dificultar a absorção de outros medicamentos como, por exemplo, para tratar a tiroide. Essas medicações necessitam da acidez gástrica para serem absorvidas e, se a pessoa toma um anticido junto com essa medicação, o controle das doenças da tiroide fica prejudicado.
- Hipertensão e Cálculos Renais
Diante da presença de excesso de sais de cátions, como sódio e cálcio, existe um mecanismo de defesa do organismo que é diluir essa concentração salina nos líquidos corporais. Dessa forma, o metabolismo retém água causando inchaços e hipertensão.
Esse excesso salino também vai ser depositado na bexiga, facilitando a formação de cristais ou cálculo renal. Nomes populares: pedras nos rins, litíase, nefrolitíase. O depósito organizado de sais minerais nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinário é o que se chama de cálculo urinário.
Cálculos constituídos por cálcio são os mais comuns. Outros minerais encontrados são: oxalato, fósforo, ácido úrico. As “pedras” podem também ser formadas por uma mistura desses elementos. Quando houver um excesso desses minerais no organismo, há uma tendência para que eles se depositem na urina.
Como exemplo pode se tomar uma pessoa que faça uso exagerado de leite e derivados, os quais são ricos em cálcio.
A causa exata da formação dos cálculos nem sempre é conhecida. Embora certos alimentos possam promover a formação de cálculos em pessoas que são suscetíveis, os cientistas não acreditam que algum tipo de alimento cause cálculos em pessoas não suscetíveis. Uma pessoa que tenha algum familiar que já teve cálculo renal pode ser mais propensa a desenvolver cálculos.
Infecções urinárias, hipertensão e distúrbios renais estão relacionados com a formação de cálculos.
A desidratação, muito importante nos lugares de clima quente, também é um importante fator de risco para a formação dos cálculos renais.
Outras causas de cálculo renal são: gota, excesso de ingestão de vitamina D e obstrução do trato urinário. Certos diuréticos (normalmente usados por hipertensos), antiácidos e outros medicamentos podem aumentar o risco de formação de cálculos pelo aumento de cálcio na urina.
 

Certo. Você pretende mesmo consumir diariamente o bicarbonato de sódio ou antiácidos? Caramba, se excesso de sal de cozinha já faz super mal, que dirá outros sais baratinhos comprados em qualquer mercadinho ou farmácia da esquina...
Não seria mais responsável e consciente você investir na saúde e procurar as causas das suas desarmonias?
Aromaterapia: Limoneno x Doença de Crohn
Conceição Trucom *
Notícia: Patente americana usa o limoneno, substância oleosa e aromática extraída da casca de frutas cítricas (laranja e limão), via oral, no tratamento da Doença ou Síndrome de Crohn.
O óleo essencial de laranja e limão contém cerca 90% de d-limoneno. A dose usada nesta patente e nos estudos clínicos é de 400 a 1.000mg (ou seja de 10-25 gotas) diárias. 
Saiba mais sobre a Síndrome de Crohn, que é uma doença crônica de inflamação intestinal no site da Wikipédia. 
Método para o tratamento da Doença de Crohn
Documento Tipo e Número: United States Patent 7041706
Resumo:
Descreve-se a seguir um método para o tratamento da Doença de Crohn, (DC) compreendendo a administração oral de quantidades terapeuticamente eficazes de d-limoneno. 
A Doença de Crohn é uma inflamação crônica do intestino grosso e/ou delgado o que geralmente ocorre em adultos jovens. Um 65% dos doentes com DC apresentam problemas de inflamação no intestino grosso, ao passo que 35% das pessoas que sofrem da doença têm inflamação no intestino delgado. Assim, a DC pode provocar inflamação em todas as camadas do intestino grosso e delgado, bem como em tecidos próximos e em gânglios linfáticos.
Não obstante, as áreas de tecidos inflamados apresentam-se freqüentemente separadas por áreas de tecido normal. As feridas e as zonas inflamadas do intestino podem engrossar e eventualmente bloquear o intestino. A inflamação pode causar úlceras ou perfurações na parede intestinal. Além disto, a inflamação intestinal pode atingir também as paredes exteriores com o qual as curvas do intestino tendem a se juntar umas com outras.
Os sintomas de DC incluem: dores abdominais ou cólicas, diarréia, febre, perda de peso, fístulas retais (ou seja, a abertura anormal ou perto do ânus), fissuras retais.
Este artigo refere-se a um método de tratamento da Doença de Crohn, e, especificamente, inclui a administração oral, de uma quantidade terapeuticamente eficaz de limoneno, de preferência na forma purificada de óleo essencial.
DESCRIÇÕES e REFERÊNCIAS
A presente invenção refere-se a um método de tratamento de DC e inclui a administração oral de uma quantidade terapeuticamente eficaz de limoneno, de preferência purificado, ou seja, maior que 98%, a uma pessoa que necessite de tal tratamento. O termo "Limoneno" como aqui utilizado inclui tanto D-Limoneno como L-Limoneno.
O regime terapêutico para o tratamento de DC, conforme definido mais adiante, inclui a administração oral de uma quantidade terapeuticamente eficaz de limoneno, onde o limoneno é administrado uma vez/dia, durante um tempo suficiente para atenuar ou eliminar completamente a gravidade e freqüência dos sintomas do DC.
Tais sintomas incluem dores abdominais ou cólicas, diarréia, febre, perda de peso, fístulas retais, e/ou fissuras retais, por vezes acompanhados de sangramento anal. Conforme utilizado aqui, "tratamento", entende-se a redução ou eliminação temporária ou permanente dos sintomas da DC e/ou danos intestinais.
A dosagem preferida de Limoneno para adultos é de cerca de 400 a 1.000 mg, administrada uma vez por dia, normalmente por um período de 10 a 30 dias.
Outras posologias como duas vezes/semana podem ser desejáveis, dependendo do paciente. Na verdade, a posologia adequada será avaliada pelo aromaterapeuta ou profissional familiarizado com este tratamento. A dosagem, o horário, e a duração do tratamento podem variar, dependendo do indivíduo: idade, peso e gravidade da DC.
Geralmente prefere-se uma formulação farmacêutica em cápsula de gelatina, incluindo-se a própria cápsula, embora o limoneno possa ser formulado em suspensão, emulsão ou solução. Alternativamente, o limoneno pode ser administrado por via oral na forma de óleo natural.
A formulação preferida de Limoneno compreende uma forma altamente purificada de limoneno, de preferência 98-99% de pureza. Qualquer método convencional de destilação conhecido por aqueles que dominam a arte da obtenção de uma forma altamente purificada de d-limoneno pode ser empregado. O Exemplo 1 abaixo ilustra um método preferido de destilação para isolar o limoneno dos demais componentes do óleo essencial cítrico.
PURIFICAÇÃO
Uma unidade de destilação foi carregada com 100 ml de óleo essencial cítrico (grau alimentício) contendo 96-96,5% de Limoneno. A unidade de destilação foi operada com uma taxa de refluxo de 1:1. A fração desejada de Limoneno destilado foi retirada em um intervalo de temperatura compreendido entre 340 ° a 390 ° F obtendo-se uma pureza de 98%.
Estudos de caso:
CASO 1
Um indivíduo de 48 anos de idade do sexo masculino, diagnosticado de DC desde os 22 anos (diagnóstico confirmado por colonoscopia), apresentando fortes dores abdominais, com freqüentes dejeções diárias e sangramento anal durante os últimos seis anos prévio antes do início do tratamento com o método em questão. Após o diagnóstico, o paciente foi submetido a ressecção cirúrgica parcial do intestino delgado onde cerca de 40 cm de intestino e apêndice foram removidos cirurgicamente.
Para aliviar os sintomas da DC, o paciente tomava os seguintes medicamentos: 1 injeção de Cortisona a cada seis meses; 1 comprimido de 2,5 mg de atropina difenoxilato /0.025 mg a cada 8 horas, segundo necessidade; doze comprimidos (2,0 mg cada) de IMODIUM (loperamida) todos os dias ou conforme necessário.
Antes de iniciar o tratamento com limoneno, o paciente interrompeu seus medicamentos normais com exceção de uma injeção de cortisona em abril de 2001 e 1 a 2 comprimidos de IMODIUM (lopcramide) durante um mês.
Começou então a tomar 1000 mg de d-limoneno (98%)/dia, em março de 2001. O paciente desenvolveu um processo grave de refluxo ácido e teve que interromper o regime. Em seguida, o paciente começou a tomar 400 mg de limoneno, uma vez/semana, durante duas semanas, seguido por 400 mg de limoneno duas vezes/semana durante três semanas.
Logo a seguir, o paciente continuou com um regime de 1000 mg de limoneno uma vez/semana durante três semanas e logo o aumentou para 1000 mg duas vezes/semana durante três semanas. Após essa série, o paciente começou a tomar 1000 mg de limoneno todos os dias durante três semanas.
Em seguida o paciente continuou a tomar 1000 mg de limoneno, duas vezes/semana para manutenção. Durante o tratamento com limoneno, o sangramento anal parou quase que imediatamente ao tomar a primeira dose de 1000 mg. Durante a manutenção, o paciente começou a apresentar evacuações com fezes normais, de 1 a 2 vezes/dia, sem apresentar quadro de dores abdominais ou cólicas.
CASO 2
Um indivíduo de 45 anos de idade do sexo masculino foi diagnosticado com a DC em movembro de 1999, depois de ser submetido a uma colonoscopia. Seus sintomas incluíam fortes dores abdominais, uma média de dez evacuações diárias, e sangramento anal. Depois de receber como medicação seis comprimidos de ASACOL (mesalamine), ou seja, 50 mg/dia e dois comprimidos de IMURAN (azatioprina) também diariamente, o seu sangramento cessou durante cerca de 6-8 meses, porém logo após esse período os sangramentos voltaram a ocorrer.
O paciente começou o tratamento com o limoneno em janeiro de 2001, tomando 1000 mg de limoneno diariamente. Após sete dias sem alterar o tratamento, o paciente passou a ter fezes normais, com evacuações de 1 a 2 vezes/dia, sem sangramento anal. Para manutenção terapêutica, o paciente continuou a tomar três cápsulas de 1000 mg de limoneno/semana.
Comentários Conceição Trucom - meu objetivo foi divulgar esta notícia, apesar de não conhecer profissionais que realizem tal tratamento no Brasil. E, não acredito seja necessária a destilação do éleo essencial cítrico, grau alimentício (GA), sendo um recurso que os criadores da patente usam para limitar o uso destes conhecimentos sem reverter ganhos aos seus inventores.
Purê de Maçã nos transtornos intestinais
O poder terapêutico das frutas, especialmente, das maçãs cruas, é muito recomendado pelo Dr. A. Vander em suas obras, com o propósito de combater transtornos intestinais.
Este tratamento foi experimentado em várias clínicas e diversos hospitais, onde foram obtidos bons resultados, não só contra os simples catarros do intestino, como contra desinterias e febre tifóide.
Em grande número de casos o Dr. A. Vander constatou a eficácia do tratamento com o purê de maçãs, quando as diarréias desaparecem rapidamente; as deposições adquirem logo um aspecto normal, o estado geral melhora e a febre, caso exista, não tarda em desaparecer.
Este tratamento consiste em administrar às crianças afetadas de catarro intestinal, maçãs maduras e cruas, idealmente de cultura orgânica, finamente raladas, reduzidas a um purê,  que deve ser ofericido às colheradas, em dosagens segundo a idade e o apetite da criança. A média comprovada foi entre 500 a 1000 gramas diários (3 a 7 maçãs/dia), oferecidos em cinco vezes. A dieta exclusiva de purê de maçãs deve ser seguida durante um ou dois dias, cobrindo a grande quantidade de líquidos que tem a criança com diarréia. Em paralelo, são oferecidas infusões de folhas de tília ou camomila. Dois dias após o tratamento com o purê de maçãs, seguir por mais dois dias com alimentação leve à base de sopas de legumes sem gordura e chá, para em seguida voltar ao regime normal.
A eficácia da maçã crua no tratamento dos transtornos intestinais se deve à ação alcalinizante da maçã, que destrói a condição ácida que nutre os micróbios da putrefação intestinal. Seu poder laxante acelera a limpeza das substãncias nocivas, sem permitir a desmineralização do organismo, principal causa da mortalidade infantil.
Assim, este o purê de maçãs não só alivia a criança de sua diarréia, como também, graças à depuração que provoca nos órgãos digestivos, diminui os múltiplos perigos que uma doença infecciosa pode trazer consigo. Por isso é preciso que você submeta seu filho a tal dieta tão logo apareçam os primeiros sintomas de infecção intestinal.
Durante os dias em que se pratica a cura das maçãs o peso costuma descer um pouco, o que não é de estranhar dado este gênero de alimentação, contudo é surpreendente a rapidez com que esta perda se recupera, já que o peso normal volta em poucos dias. O estado geral também melhora consideravelmente; seu aspecto muda muito e seu mau humor é substituído por alegria e bem-estar.
Como preparar o purê de maçãs
Lave bem duas maçãs maduras, seque-as com um pano limpo. Descasque, corte em 4, retire as sementes, passe por suco fresco de limão (para não oxidar e potencializar o poder de alcalinização) e rale-as num ralador inoxidável. Nunca use açúcar, não acrescente mais nada.
Para crianças são 3 a 7 maçãs médias/dia oferecidas na forma deste purê em 5 etapas ao longo de todo o dia.
Para adultos seriam 6 a 14 maçãs médias/dia oferecidas em 5 a 7 refeições.
É absolutamente necessário suprimir todo outro alimento durante o tratamento com o purê de maçãs. Faz-se dieta durante dois dias; porém em casos rebeldes, é melhor 3 dias. Nos casos crônicos a dieta deve ser repetida de quinze em quinze dias até a completa cura.
Sua aplicação é indicada nas diarréias e em todas as espécies de inflamações. Quanto mais simples o quadro, mais rápido o tratamento e restabelecimento.
Lembrar que todas as doenças digestivas, com crises agudas, devem ser tratadas inicialmente dando-se um repouso ao estômago. Na maioria dos casos, começar com o tratamento do purê de maçãs, que tem a vantagem de ser mais agradável para muitos, por não se tratar de um jejum completo. Caso não seja possível encontrar maçãs, pode-se substituí-las por purê de bananas. As bananas maduras, sem os filamentos, se reduzem a um purê por meio de um garfo. Toma-se igual quantidade.


O uso de ervas medicinais no alívio dos sintomas da doença de Crohn e Colite. O que tomar e o que evitar.

O uso de ervas para fins medicinais é considerado uma das formas mais antigas de medicina da história da humanidade. Essa prática surgiu há mais de 3 mil anos de forma simultânea em diversas regiões do planeta. Sua legitimidade é tão grande que, mesmo com o desenvolvimento da indústria farmacêutica no século XX, essa forma de tratamento não foi esquecida. Tanto que cerca de 80% dos medicamentos industrializados possuem princípios ativos encontrados em raízes, folhas, caules e flores de plantas medicinais.
Embora tenham o poder de fortalecer as defesas do organismo e prevenir doenças, o uso terapêutico de plantas medicinais sob a forma de chás e infusões não está isento de riscos. Além do princípio ativo, uma planta pode conter outras propriedades tóxicas ou até mesmo abortivas. Isso sem contar que a grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir uma reação alérgica. Por isso é muito importante consultar um especialista ou conversar com o seu médico antes de consumir qualquer chá com finalidade terapêutica.

Ervas medicinais


Ervas indicadas para o alívio de sintomas da doença de Crohn e Colite Ulcerativa

Quem sofre de doenças inflamatórias intestinais como Colite Ulcerativa e doença de Crohn pode prevenir sintomas indesejáveis como diarreia, dores abdominais, vômito e mal estar a partir da ingestão de chás de ervas medicinais como aloe vera, gengibre, curcumina, bromelina, e boswellia.

Aloe Vera



Aloe Vera
A Aloe Vera, ou Babosa, é considerada uma das plantas mais benéficas do reino vegetal. Embora o seu uso seja normalmente associado às aplicações cosméticas (pele e cabelos) ou no tratamento de queimaduras, essa planta tem muito mais a oferecer. Quando ingerida na forma de chá, a aloe vera pode agir na redução de índices de colesterol ruim, ajudar na dissolução de pedras nos rins, no tratamento de úlceras, no combate à síndrome do intestino irritável, no alívio dos sintomas da doença de Crohn e outros problemas digestivos.
Estudos apontam que o bom resultado da aloe vera no tratamento da Colite e da doença de Crohn se deve à ação do acemannan, um composto presente na babosa, que atua junto com os gliconutrientes para acelerar a regeneração celular, regularizando o pH do intestino e limpando o trato gastrointestinal. Embora muitos pacientes relatem melhora significativa nas dores gastrointestinais a partir do consumo regular do chá de aloe vera, os efeitos não são imediatos, sendo necessário a utilização da bebida por várias semanas.


Gengibre


Gengibre
Como planta medicinal, o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do seu óleo essencial que contém agentes como o canfeno, felandreno e zingibereno. Dentre os inúmeros benefícios está o poder de ser antiinflamatório. É normalmente ingerido para combater doenças respiratórias, mas também costuma ser útil no combate ao enjoo e ao vômito, pois suas propriedades atuam diretamente no trato gastrointestinal aumentando o tônus, estimulando a autonomia dos movimentos gastrintestinais e facilitando o processo digestivo.
O chá do gengibre é muito indicado no alívio de sintomas como enjoo e dores abdominais, além de evitar a formação de gases, sendo, portanto, muito utilizado entre pacientes que sofrem de colite ou doença de Crohn para aliviar os sintomas da doença. Entretanto, como toda erva medicinal, é necessário tomar certos cuidados com a administração do gengibre. O uso excessivo pode afetar o tempo de sangramento do organismo e o sistema imunológico do paciente.

Cúrcuma

A cúrcuma, também conhecida como açafrão-da-terra, é uma especiaria cultivada em diversos países tropicais. Possui um ingrediente ativo chamado curcumina, que tem sido apontado por estudiosos como promessa no tratamento de Crohn e outras doenças inflamatórias intestinais. A curcumina inibe um agente inflamatório chamado NF kappa-B, além de diminuir a congestão e a inflamação das membranas mucosas que revestem o estômago e o intestino. Sua composição também apresenta propriedades anti-bacterianas que ajudam a prevenir infecções. Como se trata de um tempero de sabor cítrico e levemente picante, muitas pessoas tem utilizado a cúrcuma como ingrediente culinário com finalidades medicinais. O consumo em doses elevadas pode provocar azia e dores no estômago. Mulheres grávidas, pessoas com cálculos biliares e doenças hemorrágicas devem consultar um profissional de saúde antes de tomar suplementos de cúrcuma.

Bromelina

A bromelina é uma enzima digestiva natural extraída do abacaxi que desdobra as proteínas alimentares, facilitando o melhor aproveitamento dos nutrientes, favorecendo e acelerando a digestão de alimentos pesados. É um anti-inflamatório natural que alivia os sintomas de distúrbios gastrointestinais, inclusive da doença de Crohn e da Colite. Pesquisas apontam que a bromelina age na ativação de células anti-inflamatórias e imunológicas capazes evitar o desenvolvimento do câncer e outras doenças crônicas.

Boswellia

A boswellia serrata é uma árvore originária da Ásia. O seu extrato é bastante utilizado para a fabricação de cosméticos, alimentos e bebidas e suas resinas usadas para produzir insensos. Devido às suas propriedades medicinais anti-inflamatórias, têm sido recomendada por fitoterapeutas no tratamento de doenças crônicas como artrite reumatoide, asma, osteoartrite, colite ulcerosa e doença de Crohn. Seu consumo é mais comum sob a forma de cápsulas.

Ervas medicinais que devem ser evitadas pelos portadores de doença de Crohn e Colite Ulcerativa

Vimos que os portadores de doença de Crohn e Colite podem encontrar nas ervas medicinais substâncias que auxiliam no alívio e prevenção dos principais sintomas da doença. Agora, segue algumas plantas medicinais também podem ser bastante prejudiciais para os pacientes que sofrem de doença de Crohn e Colite e, por isso, devem ser evitadas, sob o risco de estimular alguns dos sintomas mais indesejáveis dessas doenças.

Cohosh preto

É conhecido popularmente como aliado das mulheres no combate às cólicas menstruais e os sintomas da menopausa, bem como na prevenção de dores de garganta, irritabilidade,  mudanças de humor, depressão e dos distúrbios do sono. A sua eficácia no tratamento de doenças ginecológicas pode se deve à presença de determinados compostos na raiz da planta (conhecida como actaea racemosa), cuja similaridade com o hormônio estrogênio faz com que o corpo acredite haver um aumento dos níveis de produção de hormônio feminino. 
Por isso, se você sofre de doenças inflamatórias intestinais, é melhor procurar acompanhamento médico antes de consumir o cohosh preto. Na literatura médica, há muitos relatos de piora dos sintomas da doença de Crohn e colite ulcerativa em associação ao uso de estrógêno. Isso ocorre porque o hormônio feminino estimula o sistema imunológico. Como os portadores de doenças inflamatórias intestinais, em geral, possuem um sistema imunológico demasiadamente estimulado, ocorrem reações adversas como náuseas, dores abdominais, diarreia e vômito.

Prímula

Prímula
É uma planta medicinal bastante indicada para apaziguar sintomas da tensão pré-menstrual nas mulheres, além de tratar diversas doenças dermatológicas. O segredo do sucesso da prímula está no óleo extraído da semente da planta, que possui na sua composição ácidos graxos poliinsaturados essenciais, todos eles essenciais para o bom funcionamento e estabilidade das membranas das células do organismo.
Embora muito citada por algumas fontes como aliada no tratamento de doenças inflamatórias intestinais devido à sua habilidade de inibir as prostaglandinas responsáveis pelos processos inflamatórios do corpo, a prímula, assim como o cohosh preto, possui propriedades que estimulam a atividade do sistema imunológico, causando danos ao aparelho gastrointestinal por meio da ação de células imunologicamente ativas que atacam as paredes intestinais.

Fenacho ou feno-grego

O fenacho ou feno-grego, mais conhecido como alfarva ou alforva, tem origem indiana e vem sendo bastante utilizado como especiaria e planta medicinal em diversas partes do mundo. As sementes germinadas são uma excelente fonte de vitaminas A, B e C, e minerais como ferro e maganésio. É muito recomendado como estimulante de apetite e no tratamento de doenças respiratórias como a bronquite. Devido às suas propriedades laxativas deve ser evitado por portadores da colite ulcerativa e doença de Crohn.

Probióticos nas doenças inflamatórias intestinais

O termo probiótico deriva do grego e significa “pró vida”. Existem diversas definições, mas a atualmente aceita é que eles são microrganismos vivos que, administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro (Saad, 2006). Podem ser incluídos na preparação de uma ampla gama de produtos, incluindo alimentos, medicamentos e suplementos alimentares.

Vários microrganismos são usados como probióticos, entre ele bactérias ácido láticas, bactérias não ácido láticas e leveduras. Porém as bactérias pertencentes aos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium são as mais frequentemente empregadas como suplementos probióticos. Podem ser incluídos na preparação de uma ampla gama de produtos, incluindo alimentos, medicamentos e suplementos alimentares. O fermento Saccharomyces cerevisiae e algumas espécies de E. coli e Bacillus também são utilizadas como probióticos.

Qual a diferença nas doenças inflamatórias intestinais?


Nas doenças inflamatórias intestinais ocorre um desequilíbrio da microflora (microbiota) intestinal, principalmente na doença de Crohn. Quando o indivíduo está saudável, existe um padrão nessa população de bactérias e, nos portadores dessas doenças, há uma quantidade reduzida, sobretudo de Bifidobacterium e Lactobacillus, que tem ações benéficas ao organismo. Isto explicaria porque as doenças inflamatórias intestinais manifestam-se predominantemente no final do intestino delgado e cólon, pois são os segmentos do tubo digestivo com maior quantidade de bactérias.
Vamos citar e explicar cada um dos efeitos benéficos que os probióticos podem não só para a inflamação intestinal, como para a saúde em geral.

Efeitos dos probióticos


  • Auxiliam o processo da digestão – devido à ação no metabolismo de vários carboidratos. Algumas espécies também secretam enzimas proteolíticas e lipolíticas, auxiliando, respectivamente, na digestão das proteínas e gorduras.
  • Inibição do crescimento de patógenos microbianos.
Um dos processos é através da competição. Podemos entender da seguinte forma: as bactérias (boas e ruins) utilizam alguns nutrientes do nosso intestino para sobreviverem. Se houverem poucos nutrientes, elas “morrem de fome”. A intenção neste caso é fazer com que as bactérias boas consumam os nutrientes para que as bactérias ruins (patogênicas = causam doenças) morram por falta de alimento. Isso mantem a flora bacteriana estável e evita a ação das bactérias patogênicas. Outro método é através da mudança do pH para criar um ambiente desfavorável aos patógenos.
  • Crescente aumento das junções epiteliais e modificação da permeabilidade intestinal.
As junções epiteliais podem ficar atrofiadas pelo próprio processo da doença e a permeabilidade intestinal pode ficar alterada. Os probióticos ajudam a “corrigir” esses quadros.
  • Estimulam a imunidade. Isso se faz através da modulação da resposta imune do epitélio intestinal e das células imunes da mucosa. Também ativam os macrófagos.
  • Secreção de produtos antimicrobianos (também vão ajudar a eliminar as bactérias patogênicas).
  • Decomposição de antígenos luminais patogênicos.
As bactérias patogênicas também produzem substâncias patogênicas. Os probióticos auxiliarão a decompô-los, eliminá-los.
  • Resistência à colonização – vão provocar mais dificuldades para bactérias patogênicas se instalarem no intestino.
  • Auxiliam na hidrólise da lactose, o que é importante para os intolerantes a ela.
  • Reduzem os gazes e a azia por atuarem positivamente na mucosa intestinal.
  • Sintetizam vitaminas (principalmente do complexo B) e incrementam a absorção de minerais.
  • Ajudam a reduzir o colesterol.
  • Previnem e tratam alergias alimentares. E sabemos que esses pacientes tem maior tendência a desenvolver intolerâncias alimentares.
  • Produzem ácidos graxos de cadeia curta – são importantes para a saúde intestinal e também inibem o crescimento das bactérias patogênicas. Mais a frente faremos um tópico só sobre eles.
  • Auxiliam no processo de detoxificação e na redução do estresse hepático.

O que dizem os estudos?


Ainda são necessários muitos estudos nessa área, pois enquanto alguns não mostram resultado algum, outros mostram ótimos resultados tanto na melhora da fase ativa quanto na manutenção da recidiva.
Uma tese de mestrado da nutricionista Luciane Cristina Rosim Sundfeld Giordano com pacientes portadores de doença inflamatória intestinal apresentada na UNICAMP investigou os efeitos da modulação da mibrobiota intestinal em pacientes com suplementação oral de probióticos e os achados foram animadores, mostrando redução na ocorrência de diarreia e melhora do estado nutricional, inclusive com ganho de peso em pacientes desnutridos.
Há a hipótese de que a resposta inflamatória que ocorre no intestino, com envolvimento de outros órgãos, seja desencadeada por alguma alteração na microbiota intestinal e que sua modulação possa melhorar o curso da doença inflamatória intestinal. Inclusive isso foi aventado pela referida nutricionista acima. A expectativa é que o emprego de probióticos mostre-se útil e possa ser instituído como terapia coadjuvante no tratamento com medicamentos.
Devemos ser criteriosos quanto aos resultados e torcer para que mais descobertas nesse sentido sejam feitas para nos beneficiar ainda mais.

Qual a diferença de probiótico para prebiótico?


A grosso modo podemos dizer que os prebióticos são a comida dos probióticos. Por definição, prebióticos são fibras não digeríveis que fermentam no intestino e estimulam o crescimento das bactérias probióticas.
Além disso, os prebióticos também diminuem a absorção intestinal das gorduras, do colesterol a aumentam a absorção de minerais como cálcio, magnésio, ferro e zinco.
As fibras prebióticas mais comuns são:
  • Inulina, que é encontrada em vegetais como cebola, alho, almeirão, chicória, trigo, alho poró.
  • Pectina, que é encontrada em frutas cítricas (laranja, limão, lima, tangerina), cenoura, soja, farelo de aveia, lentilha, feijão, ervilha.
  • Frutoligossacarídeos (FOS), que são polímeros de frutose. São produzidos enzimaticamente no nosso organismo, mas também podem ser manipulados.

Onde encontrá-los?


As indústrias alimentícias e farmacêuticas cada vez mais criam novos produtos com probióticos. Mas são mais usados em leites e iogurtes fermentados, também chamados de lactobacilos. Colocaremos abaixo uma tabela com várias indútrias e seus produtos.
Cepa probiótica
Marca
Fabricante
Bifidobacterium animalis
Activia
Danone ∕ Dannon
Bifidobacterium animalis
Chr. Hansen
Bifidobacterium breve Yakult
Bifiene
Yakult
Bifidobacterium infantis
Align
Procter & Gamble
Bifidobacterium lactis
Howaru Bifidum
Danisco
Bifidobacterium longum
Morinaga Milk Industry
Enterococcus LAB SF68
Bioflorin
Cerbios-pharma
Escherichia coli
Mutaflor
Ardeypharm
Lactobacillus acidophilus LA-5
Chr. Hansen
Lactobacillus acidophilus NCFM
Danisco
Lactobacillus casei DN114
Actimel, DanActive
Danone ∕ Dannon
Lactobacillus casei CRL43
Chr. Hansen
Lactobacillus casei F19
Cultura
Arla Foods
Lactobacillus casei Shirota
Yakult
Yakult
Lactobacillus johnsonii
LC1
Nestlé
Lactococcus lactis
Normejerier
Lactobacillus plantarum
GoodBelly, ProViva
NextFoods Probi
Lactobacillus reuteri
L. reuteri, Protectis
BioGaia
Lactobacillus rhamnosus LGG
Vifit and others
Valio
Lactobacillus rhamnosus LB21
Verum
Norrmejerier
Lactobacillus salivarius
Verum
Norrmejerier
Saccharomyces cerevisiae
DiarSafe, Ultralev ure etc
Wren Laboratories, Biocodex etc
Misturas
Lactobacillus acidophilus e L. casei
Bio K+
Bio K+ International
Lactobacillus rhamnosus e L. reuteri
FemDophilus
Chr. Hansen
Streptococcus thermophilus, Lactobacillus spp. e Bifidobacterium spp.
VSL#3
Sigma-Tau, Pharmaceuticals, Inc.
Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium bifidum
Lactobacilus helveticus e L. rhamnosus
A´Biotica e outros
Institut Rosell
Bacillus clausii
Enterogermina
Sanofi-Aventis

Para entrar no site das empresas acima referidas e outras, clique no nome delas: BioGaia, Bio K+, Chr-Hansen, Cerbios Pharma, Danisco, Danone, DSM, Lallemand, Probi, Proctor & Gamble, Sanofi-Aventis, Valio, VSL Pharmaceuticals, Yakult.

Abaixo iremos ilustrar alguns produtos que contem probióticos, mas queremos deixar claro que não estamos fazendo propaganda de nenhuma empresa específica e nem indicando alguma marca ou empresa. Nossa intenção é meramente ilustrativa e, como sempre reforçamos, o uso de suplementos deve ser indicado pelo médico ou nutricionista, assim como deve ser definido por eles a quantidade e o tipo ideais para você.



Que quantidade devo tomar?

A quantidade recomendada vai variar de caso para caso, mas costumam ser doses pequenas. Não se pode abusar desses produtos, senão faz mal pra saúde, descontrola a flora bacteriana etc. Procure sua nutricionista para avaliar que quantidade você poderá ingerir por dia.

É importante lembrar também que o uso dos probióticos deve ser contínuo para assegurar a manutenção dos seus efeitos benéficos.